Luz de Sonho
(pag. 123 do livro Bugra Sarará/Vanda Ferreira/ 1992)
Fantasma da certeza
Vi-te em outra claridade
Em luz de sonho
Feita de mística ventura.
Vi-te no céu de silêncio
- infinitas ânsias caladas -
Uma carícia amorosa
Raiar da garganta.
Rusticidade gigante
Me acolhe
Apalpa-me os ombros
E sinta minha pele.
domingo, 15 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
POEMA DO MEIO-SÉCULO - Vanda Ferreira
Carne pirograficada
estilizado grafismo
pontua a pele
demarca as faces;
Par de profundas fendas
expressividade sentimental
contação auto-biográfica;
Rosto mapeado,
tatuado de versos,
linhas de particular história
cravadas em esculpida página-entre-parenteses;
Sinal lunar
resumo de quartos minguados
boca fechada fala:
Lê-se na brecha
das nesgas de marfim
(harmonizadas porcelanas).
Paladar experimenta versos salivados
esfregados no céu de particular mundo
sentimentos? É a carne quem os vive!
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ROSA DOS VENTOS - Vanda Ferreira
Universalidade converge
Depura rosa-dos-ventos
Rumina amor em poesia
Olhos marejam
versos d'água
invisível chuva noturna
prova a grama na alvorada
O pranto da lua
Choro de alegria
fervilha vida no escuro
cantaria, danças
afinadas orquestras.
Silêncio é grado ao sol
guarda ofuscante
miscelânea do confuso
encrustação do calor
que guarda arco-íris.
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GALERIA DE ARTE (pag. 45 do livro Matutações/Vanda Ferreira)
Meu tapete é o gramado
grande sala sem paredes,
galeria e arte onde assisto
espetáculos musicais,
romanes e documentários.
Duplo teto
feito de sol e lua.
Nuvens grávidas,
flutuantes desejos
explodem nos horizontes.
Olhos viajantes
perambulam cenários,
estacionam no sol.
Cortinas verdes
janelas e portas do terreiro,
descaso das cores
brechas de brancura
para refrescar a pele das plantas.
grande sala sem paredes,
galeria e arte onde assisto
espetáculos musicais,
romanes e documentários.
Duplo teto
feito de sol e lua.
Nuvens grávidas,
flutuantes desejos
explodem nos horizontes.
Olhos viajantes
perambulam cenários,
estacionam no sol.
Cortinas verdes
janelas e portas do terreiro,
descaso das cores
brechas de brancura
para refrescar a pele das plantas.
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INVEJA e IRA (SETE PECADOS) - Vanda Ferreira
Há um tipo de lepra que come,
outra q bebe, outra que rasga;
Lepra que alfineta os roteiros de paz
funga a plantação de flores, mofa a fertilidade da terra.
Há o mal instalado em retorcido corpo
cunvulsivo de ira espionando o bem.
O mau sonda o bom
Portando em ambas mãos escancarado desejo de saquear;
Punhais, facões, tridentes;
rajadas sopradas de venenosas goelas
(labaredas de irises de incandescidos fornos)
tecem alastradas armadilhas
costuradas com perigosa linha de inveja,
lepra munida de sede, fome e outras incontidas ardências.
Quilométrica lingua cravada na garganta
de famintos vermes comendo vivas carnes;
Inveja lambe santas sangrias,
deposita venenos
para manter as alargadas chagas
Há tantos tipos de lepra...
outra q bebe, outra que rasga;
Lepra que alfineta os roteiros de paz
funga a plantação de flores, mofa a fertilidade da terra.
Há o mal instalado em retorcido corpo
cunvulsivo de ira espionando o bem.
O mau sonda o bom
Portando em ambas mãos escancarado desejo de saquear;
Punhais, facões, tridentes;
rajadas sopradas de venenosas goelas
(labaredas de irises de incandescidos fornos)
tecem alastradas armadilhas
costuradas com perigosa linha de inveja,
lepra munida de sede, fome e outras incontidas ardências.
Quilométrica lingua cravada na garganta
de famintos vermes comendo vivas carnes;
Inveja lambe santas sangrias,
deposita venenos
para manter as alargadas chagas
Há tantos tipos de lepra...
ROTEIRO DA LIBERDADE - Vanda Ferreira
Ouço meu mar.
Inquietude vermelha,
trajetória de meu coração,
implode, explode
e tudo pode!
Surfar em pranchas de sonho,
navegar em barcos de matutice,
cruzar sinais de glamourosos navios
da lua repartida em meu céu.
O vento passeante,
andarilho em torno dos neurônios,
fala ao pensamento cardíaco.
Inquietude vermelha,
trajetória de meu coração,
implode, explode
e tudo pode!
Surfar em pranchas de sonho,
navegar em barcos de matutice,
cruzar sinais de glamourosos navios
da lua repartida em meu céu.
O vento passeante,
andarilho em torno dos neurônios,
fala ao pensamento cardíaco.
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Poema sinestésico - Vanda Ferreira
Som de passarinhos
é verde arvoral,
é raio de sol
hino de louvor à alvorada,
cantata de abertura para os cílio solares;
Música instrumental
é releitura humana;
poética parceria de coração e cérebro
sentimentais partituras escritas com lágrimas,
evidenciadas com sangue e sabores frugais.
o cantar humano é cenário,
construido de poderes,
produzido em campo sentimental
imaginário filme que retrata tempo,
marcos instituídos nos cinco sentidos.
Dores e alegrias,
sabores e aromas,
cores e texturas
comunhão de passado, presente e futuro
poemas de céu e terra multicores.
é verde arvoral,
é raio de sol
hino de louvor à alvorada,
cantata de abertura para os cílio solares;
Música instrumental
é releitura humana;
poética parceria de coração e cérebro
sentimentais partituras escritas com lágrimas,
evidenciadas com sangue e sabores frugais.
o cantar humano é cenário,
construido de poderes,
produzido em campo sentimental
imaginário filme que retrata tempo,
marcos instituídos nos cinco sentidos.
Dores e alegrias,
sabores e aromas,
cores e texturas
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quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Descaradas Estampas - Vanda Ferreira
Sorriso matuto tatua
Vinca pele frugal
Carne facial
Roteiro de comunicação;
Na liberdade da nudez
Cisma o sol
Sangra e jorra
Descaradas estampas;
Veste-me a brancura
Cisma grafia de onça
Pinta jaguatirica.
Desconfiada espio
No rasgo celeste...
Inescrupulosidade estacione em mim.
Vinca pele frugal
Carne facial
Roteiro de comunicação;
Na liberdade da nudez
Cisma o sol
Sangra e jorra
Descaradas estampas;
Veste-me a brancura
Cisma grafia de onça
Pinta jaguatirica.
Desconfiada espio
No rasgo celeste...
Inescrupulosidade estacione em mim.
Poesia Matuta - Vanda ferreira
Minha poesia é simples, matuta,
seivada de natureza, grama e capim;
Tingida de por-do-sol,
lua, grilos e cigarras;
É feita aos roncos de bugios
rasgando os Poesia matuta noturnos
em aloiradas madrugadas.
Minha poesia mostra o dia
trivialmente verde arvoral,
chova ou faça sol;
Soma invernos,
primaveras e verões,
para fazer a beleza outonal;
É o ponto de ruminação do entardecer,
junto ao gado no pasto
e às sábias galinhas empoleiradas
nos fortes braços dos ingazeiros.
seivada de natureza, grama e capim;
Tingida de por-do-sol,
lua, grilos e cigarras;
É feita aos roncos de bugios
rasgando os Poesia matuta noturnos
em aloiradas madrugadas.
Minha poesia mostra o dia
trivialmente verde arvoral,
chova ou faça sol;
Soma invernos,
primaveras e verões,
para fazer a beleza outonal;
É o ponto de ruminação do entardecer,
junto ao gado no pasto
e às sábias galinhas empoleiradas
nos fortes braços dos ingazeiros.
terça-feira, 31 de março de 2009
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EU PRODUZO
VOCÊ PRODUZ
NÓS PRODUZIMOS.
SOMOS, TODOS, PRODUTORES DE LIXO!
QUAL SERÁ SUA PRÓXIMA PRODUÇÃO?
QUAL O DESTINO DE SUA PRÓXIMA PRODUÇÃO????Vanda Fereira Poeta del Mundo
http://www.poetasdelmundo.com:80/verInfo.asp?ID=3883
PÃO
Sovo pão nos departamentos bucais;
sede da língua
fome dos dentes,
linguagem do paladar
amassa-pão,
Celeste massa!
Boca cheia cria levedada fantasia
ejeta picância à saliva
para fermentar rodeios
invasões na varanda do pensamento.
Mastigo lembranças,
imagináveis emoções
estacionadas em desconhecida alvorada;
Divagações na avenida do crânio
trânsito livre
logro do esmo
idéias viajeiras para passado,
futuro, histórias, personagens,
pessoas e lugares ,
antiga e atual mente;
Na cumbuca cerebral
fornalha assa-pães.
como pão,
untado de especiarias matinais
Trituração de sal, fel, mel
Roça e curral.
Digestão libera verdades...
sangria de conclusão.